terça-feira, 17 de maio de 2011

O papel da psicologia no atendimento a crianças com câncer

Câncer é uma palavra ainda hoje cercada de vários tabus e frequentemente associada a situações como adoecimento, sofrimento, mutilação e morte. Algumas pessoas evitam até pronunciar a palavra, referindo-se ao câncer como "aquela doença" ou "aquilo", por acreditarem que a simples menção do nome pode atrair "maus fluídos" ou mesmo fazer as pessoas ficarem doentes.
Infelizmente, crenças e comportamentos como esses só contribuem para aumentar a desinformação a respeito da doença e estigmatizar a pessoa com câncer, tratando-a como alguém que deve ser escondido ou isolado do convívio social. Isso é extremamente prejudicial no combate à doença.

E a presença de psicólogos, com experiência no atendimento principalmente a crianças é de extrema importância. Existem algumas circunstâncias mais comuns em que é indicada necessidade de ajuda psicológica à criança. Independente da condição em que se encontra, a ajuda é necessária nos casos em que as reações emocionais ou comportamento da criança atuem dificultando a cooperação com o tratamento, resistência a internações e medicações e até o isolamento social, depressões e angústias.
Apesar de toda mudança na vida do paciente, o desconforto e a duração prolongada de tratamentos é importante lembrar que a criança ainda está em fase de crescimento e precisa ter sua rotina modificada o mínimo possível para que as reações psicológicas sejam menos perceptíveis. A criança em tratamento de câncer precisa ser estimulada a comer, brincar, aprender e fazer tudo que uma criança não doente faria. Psicólogos com experiência em atendimento a crianças com câncer podem orientar os pais a como proporcionar estas oportunidades a suas crianças.

Apesar de não ser possível eliminar as situações de tratamento produtoras de estresse, a que estão expostos crianças com câncer e seus familiares, o psicólogo pode modificar ou adaptar o ambiente da criança através do acompanhamento e orientação constantes a pais, familiares e professores; orientação e intervenção na estrutura e organização do próprio ambiente hospitalar e do trabalho direto e constante com a criança em tratamento.
Cabe aos pais observar o comportamento do filho e procurar orientação. Um trabalho conjunto entre profissionais e familiares pode reduzir o sofrimento no que diz respeito à psicologia infantil e tratar a doença como algo normal e não como o “bicho papão”. Orientação e profissionais treinados e habilitados na área podem otimizar o tratamento a criança portadora de neoplasia.



Texto extraído do site http://vsites.unb.br/ip/labsaude/textos/o_papel.html
Postado Por: @Rose_lleite

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