quinta-feira, 16 de junho de 2011

Doutores da alegria fazem a diferença em hospitais da região

   Nada de tristeza, choro ou baixo astral. O clima nos hospitais da região mudou completamente desde 2005 com a chegada do projeto sorriso. Criado pelo então estudante de medicina da Furb, Marcelo Zalli, o projeto passou a levar alegria e humanização a pacientes internados em setores como de quimioterapia em hospitais da região.
   Com perucas coloridas, nariz de palhaço e outros apetrechos engraçados, esses doutores utilizam o sorriso como medicamento para melhorar o astral dos pacientes. Os voluntários contam histórias, cantam e fazem todo o tipo de brincadeiras criativas que trazem um pouco de alegria para amenizar o sofrimento de pacientes que em muitos momentos encararam a doença como uma sentença de morte.
   Através do Projeto, voluntários previamente selecionados visitam hospitais, clínicas, APAEs, orfanatos, asilos, Centros de Atenção Psicossocial, ambulatórios, consultórios, UTIs para buscar uma melhoria da saúde mental, através da alegria e do sorriso, e contribuir para um prognóstico mais favorável aos pacientes e internos.
   Além de contribuir com a saúde dos pacientes no geral, esses voluntários promovem até mesmo a formação de profissionais da saúde mais sensíveis e qualificados. Assim, o que era apenas um trabalho pessoal tornou-se exemplo para estudantes de diversos estados do país. Atualmente o projeto é realizado em 7 instituições do Vale do Itajaí e já recebeu a visita de acadêmicos de Curitiba e São Paulo que vieram conhecer de perto as atividades para implantá-las em outros lugares.
   Um estudo feito recentemente por cientistas da Universidade de Tel Aviv, em Israel,
demonstrou recentemente que ter a companhia de palhaços antes de uma cirurgia por
exemplo, reduz a ansiedade de crianças entre 3 e 8 anos tanto quanto uma dose de
medicamento ansiolítico.
   Eles dividiram os pacientes em dois grupos: um deles recebeu uma dose do analgésico midalozan 30 minutos antes da cirurgia; o segundo teve a visita de dois palhaços em três momentos: na chegada à ala pré-operatória do hospital, durante a entrada na sala de cirurgia e na aplicação da máscara de anestesia.
   Os resultados mostraram que a terapia farmacológica foi tão eficaz quanto a lúdica e que ambas são melhores que qualquer outro tratamento. O estudo fornece bons argumentos para que hospitais invistam mais em projetos como Doutores da Alegria


Postado por: Helena Marquardt

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